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Cirurgia bucomaxilofacial ou, mais corretamente, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial é uma especialidade odontológica que trata cirurgicamente as doenças da cavidade bucal, face e pescoço, tais como: traumatismos e deformidades faciais (congênitos ou adquiridos), traumas e deformidades dos maxilares e da mandíbula, envolvendo a região compreendida entre o osso hioide e o supercílio de baixo para cima, e do tragus a pirâmide nasal, de trás para diante.

Dentre as doenças existem os tumores benignos e malignos, os cistos dos maxilares, as provocadas por fungos, vírus, e manifestações associadas a doenças sistêmicas como AIDS, tuberculose, sífilis entre outras. As deformidades faciais são compreendidas desde as sequelas de doenças como o câncer, os traumas severos, ou distúrbios do desenvolvimento, como as síndromes ou alterações do desenvolvimento como o prognatismo (aumento dos maxilares), micrognatismo (diminuição dos maxilares) ou a combinação delas.

O especialista em cirurgia oral e maxilofacial é um dentista que obteve treinamento prévio em cirurgia oral e maxilofacial por quatro anos ou mais após o término da graduação em Odontologia. Durante esse período, o dentista obteve extensa experiência em procedimentos cirúrgicos e médicos complexos e recebeu treinamento e experiência extensos no diagnóstico e nos procedimentos cirúrgicos de dentes impactados, assim como experiência com técnicas de exodontia em pacientes com comprometimento sistêmico severo.

A cirurgia não requer somente habilidades técnicas; esta é uma disciplina complexa que inclui muitos fatores. A habilidade manual cirúrgica é a parte técnica da atividade cirúrgica total e equivale a menos de um terço da habilidade do cirurgião. O julgamento cirúrgico é a sabedoria em tomar decisões sobre a necessidade de cirurgia e de como lidar com pacientes durante um procedimento cirúrgico. Mais importante, a disciplina de cirurgia inclui o diagnóstico do problema cirúrgico; a preparação do paciente, tanto psicológico quanto fisiologicamente, para o procedimento; a duração da cirurgia para o benefício máximo do paciente.

Para ser excelente, um cirurgião deve ser tecnicamente habilidoso, mas deve ter, também, fortes componentes de humanismo, gentileza, humildade e compaixão. É importante que tenha compreensão das preocupações dos pacientes relacionadas com os procedimentos cirúrgicos que serão realizados. O cirurgião deve tomar como vantagem essa compreensão e projetar uma imagem de cuidado com essas preocupações, que todos os pacientes têm. Essa abordagem humanística será o fator mais importante no julgamento pelo paciente da habilidade geral do cirurgião. O excelente cirurgião deve ter bom julgamento cirúrgico, que corresponde tanto à maturidade quanto à experiência cirúrgica.